sexta-feira, 30 de março de 2012

Dica: como dormir discretamente na aula (menos se você roncar)

Você ta naquela aula chata, mas,percebe que o professor ta "hiper-ligado" no oque você faz, simples , pegue o livro, enfia ele na cara, se o professor estiver dando matéria, se esforce para dormir segurando o lápis em cima de seu caderno.

Pode ser uma dica "mega-besta" mas talvez funcione.

O problema é.........o professor pode começar a passar de mesa em mesa para ver oque a classe está fazendo, por isso é melhor dormir na aula dos professores insuportáveis e desligados.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Um dia de medo

Numa escola irmãos chamados; Bruno, Felipe,Eduarda,Rafaela,Jade e Camila... trancados no banheiro ficaram com muito medo de repente Bruno gritou muito forte – Socorro! Os outros irmãos
perguntaram:
--O que aconteceu uma aranha ou uma barata ou um rato que bicho é esse?
E o Bruno nâo parou de gritar. Passaram alguns minutos dai que ele parou de Eduardo disse;
-- O que aconteceu ? explique!
--Tinha uma pessoa perto do espelho olhando para nós mas sumiu!
(Ele falou suspirando)
--Olha lá é uma mulher! Ela jà foi minha professora .Ela morreu ano pasado,ela morreu no banheiro!
--agora sim estou vendo.
Felipe disse com coragem.
--Ela sumiu de novo!
Disse Bruno
--Como è o nome dela?
Ela chamou Eduardo para sumir com ela, ele foi e os outros também foram junto com Carine. Eduardo disse:
--Que casa feia Carine você mora ali?
Ela disse:
--Sim claro! onde iria morar!
-
Derrempente outra alma apareceu e disse:
--Você tem que sair daqui!
--Porque?
--Você vâo morrer!
Bruno disse:
--È mentira dele olha a cara dele!

Carine sumio do nada
A alma do homem disse:
--Eu avisei a vocês.
Após disser isso colocou sobre a mão de bruno um colar e no pingente tinha coisas escritas em letras gregas, Bruno leu em forma de oração.
Meninos voltaram ao banheiro e fecharam a porta,após abrirem a porta novamente Bruno não estava mais lá e nunca mais apareceu.

Sarita

- Sarita é uma menina de moderna, querido. É só uma fase - sua mãe sempre dizia, tentando acalmar os ânimos do pai que não aceitava que sua filha - aquela putinha - chegasse em casa bêbada todas as noites.O ano era 1970 e uma mulher farrear na rua era inaceitável.
–Vem cá sua vadia!Eu sei desses pederastas comunistas com os quais você anda! Acho que aquelas surras que você levou antes não deram jeito nessa sua cabeça de merda! – E lá vinha Dona Célia pra segurar Seu Adamastor antes que ele fizesse alguma miséria. Mas nada que a pobre Dona Célia fizesse poderia diminuir o ódio que pai e filha alimentavam um pelo outro.
As coisas já não eram mais as mesmas naquela casa que ficava incrustada num dos infinitos becos da cidade de Salvador. Sarita mudara, seu pai mudara e sua mãe insistia em pôr panos quentes na situação. Mas ela sabia que seu marido não iria aguentar por muito mais tempo.
- Ela já tem 17 anos Célia, está na hora de arranjar um marido e sair do meu pé – Dizia Seu Adamastor à sua esposa enquanto tomava seu café
- Mas querido, ela é só uma criança, não sabe direito o que faz, ela já está terminando o colégio, espere só até ela arrumar um emprego e nós ajudamos ela a comprar uma casinha.
Dona Célia era uma boa mãe, fazia de tudo por sua única filha. Quisera ter outros, um casal, como sempre sonhara, mas o destino lhe dera um ventre podre, incapaz de segurar por muito tempo um bebê. Sarita fora um milagre, na época ela e seu marido haviam feito uma promessa e conseguiram alcançar essa graça.
Mas Sarita era diferente das mulheres da sua época, era uma libertina, como seu pai insistia em dizer. Pensava em sair de casa, correr pelo mundo, conhecer pessoas e trabalhar com moda, as revistas que conseguia comprar com o dinheiro que pegava da carteira do seu pai falavam da revolução que estava acontecendo lá fora, uma revolução nas roupas, idéias e conceitos das pessoas, uma revolução feminista. E era isso que Sarita pensava ser, uma feminista. Se os homens podiam sair e namorar, por que ela não?
Até que o inesperado aconteceu. No começo seus pais pensavam que ela havia engordado um pouco, mas aí vieram os enjoos. Sarita estava grávida.
- Quem é o pai, sua cachorra? Diga-me antes que eu quebre suas pernas!- Seu Adamastor estava vermelho de raiva, à beira de um ataque do coração.
- Me deixe em paz seu velho decrépito, pensa que eu não sei que a noite você sai e pra pegar as putas da Ondina e deixa minha mãe chorando? Aliás, ela é uma idiota mesmo de continuar com um seboso feito você!
Sarita ficara lívida. Sua própria explosão a assustara e acabou se arrependendo do que dissera quase no mesmo instante em que terminara de falar. Sua mão chorava copiosamente trancada em seu quarto. Já não tentava mais controlar o marido, o que viria era inevitável.
- Sua cachorra safada, vai levar a maior surra da sua vida! – gritava Seu Adamastor enquanto desafivelava o cinto.
Mas Sarita cansara de apanhar. Pegara um castiçal de aço que estava em cima da mesa e acertara com toda a força, todo o ódio que podia existir num ser bem na nuca de seu pai.O velho caíra morto, sua cervical partira ao meio.

Maria Angula (original)

Maria Angula era uma menina alegre e viva, filha de um fazendeiro de Cayambe. Era louca por uma fofoca e vivia fazendo intriga com os amigos para jogá-los uns contra os outros. Por isso, tinha fama de leva-e-traz, linguaruda e era chamada de moleca fofoqueira.
Assim viveu Maria Angula até os dezesseis anos, dedicada a armar confusão entre os vizinhos, sem ter tempo para aprender a cuidar da casa e a preparar pratos saborosos.
Quando Maria Angula se casou, começaram os seus problemas. No primeiro dia, o marido pediu-lhe que fizesse uma sopa de pão com miúdos, mas ela não tinha a menor idéia de como prepará-la.
Queimando as mãos com uma mecha embebida em gordura, acendeu o carvão e levou ao fogo um caldeirão com água, sal e colorau, mas não conseguiu sair disso: não fazia idéia de como continuar.
Maria lembrou-se, então, de que na casa vizinha morava Dona Mercedes, cozinheira de mão cheia e, sem pensar duas vezes, correu para lá:
- Minha cara vizinha, por acaso a senhora sabe fazer sopa de pão de miúdos?
- Claro, Dona Maria. É assim: primeiro, coloca-se o pão de molho em uma xícara de leite, depois despeja-se este pão no caldo e, antes que ferva, acrescentam-se os miúdos.
- Só isso?
- Só, vizinha.
- Ah – disse Maria Angula – mas isso eu já sabia! – e voou para a sua cozinha a fim de não esquecer a receita.
No dia seguinte, como o marido lhe pediu que fizesse um ensopado de batatas com toicinho, a história se repetiu.
- Dona Mercedes, a senhora sabe como se faz o ensopado de batatas com toicinho?
E, como da outra vez, tão logo a sua boa amiga lhe deu todas as explicações, Maria Angula exclamou:
- Ah É só? Mas isso eu já sabia! – e correu imediatamente para casa, a fim de prepará-lo.
Como isso acontecia todas as manhãs, Dona Mercedes acabou se enfezando. Maria Angula vinha sempre com a mesma história: “Ah, é assim que se faz arroz com carneiro? Mas isso eu já sabia!! Ah, é assim que se prepara a dobradinha? Mas isso eu já sabia!!”. Por isso, a mulher decidiu dar-lhe uma lição e, no dia seguinte:
- Dona Mercedinha!
- O que deseja, Dona Maria?
- Nada, querida, só que o meu marido quer comer no jantar um caldo de tripas e bucho e eu…
- Ah, mas isso é fácil demais! – disse Dona Mercedes. E antes que Maria Angula a interrompesse, continuou:
- Veja, vá ao cemitério levando um facão bem afiado. Depois, espere chegar o último defunto do dia e, sem que ninguém a veja, retire as tripas e o estômago dele. Ao chegar, lave-os muito bem e cozinhe-os com água, sal e cebolas. Depois de ferver por uns dez minutos, acrescente alguns grãos de amendoim e está pronto. É o prato mais saboroso que existe.
- Ah! – disse, como sempre, Maria Angula – É só? Mas isso eu já sabia!
E, num piscar de olhos, estava ela no cemitério, esperando pela chegada do defunto mais fresquinho. Quando já não havia mais ninguém por perto, dirigiu-se, em silêncio, à tumba escolhida. Tirou a terra que cobria o caixão, levantou a tampa e… Ali estava o pavoroso semblante do defunto! Teve ímpetos de fugir, mas o próprio medo a deteve ali. Tremendo dos pés à cabeça, pegou o facão e cravou-o uma, duas, três vezes na barriga do finado e, com desespero, arrancou-lhe as tripas e o estômago. Então, voltou correndo para casa. Logo que conseguiu recuperar a calma, preparou o jantar macabro que, sem saber, o marido comeu, lambendo os beiços.
Nessa mesma noite, enquanto Maria Angula e o marido dormiam, escutaram-se uns gemidos nas redondezas. Ela acordou sobressaltada. O vento zumbia misteriosamente nas janelas, sacudindo-as e, de fora, vinham uns ruídos estranhos, de meter medo a qualquer um.
De súbito, Maria Angula começou a ouvir um rangido nas escadas. Eram os passos de alguém que subia em direção ao seu quarto, com um andar dificultoso e retumbante, e que se deteve diante da porta. Fez-se um minuto de eterno silêncio e, logo depois, Maria Angula viu o resplendor fosforescente de um fantasma. Um grito surdo e prolongado paralisou-a:
- Maria Angula, devolva as minhas tripas e o meu estômago que você roubou da minha santa sepultura!
Maria Angula sentou-se na cama horrorizada e, com os olhos esbugalhados de tanto medo, viu a porta se abrir, empurrada, lentamente, por essa figura luminosa e descarnada.
A mulher perdeu a fala. Ali, diante dela, estava o defunto, que avançava mostrando-lhe o semblante rígido e o ventre esvaziado.
- Maria Angula, devolva as minhas tripas e o meu estômago que você roubou da minha santa sepultura!
Aterrorizada, escondeu-se debaixo das cobertas para não vê-lo, mas imediatamente sentiu umas mãos frias e ossudas puxarem-na pelas pernas e arrastarem-na, gritando:
- Maria Angula, devolva as minhas tripas e o meu estômago que você roubou da minha santa sepultura!
Quando Manuel acordou, não encontrou mais a esposa. Muito embora tenha procurado por ela em toda parte, jamais soube do seu paradeiro.